sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ÁGUIAS

...acima das serras...(gravura)   A águia é uma das mais fortes e corajosas aves de rapina.
A ela se chama muitas vezes a rainha das aves e se lhe atribui, por isso, soberba e vaidade: "ao homem, rei do mundo; ao leão, rei dos animais; à águia, rainha das aves."(António Vieira, Sermões).
   Com o nome de águias designam-se as aves incluídas em um grupo formado por vários géneros pertencentes ao grupo das falcónidas, ordem das aves de rapina caracterizadas pela sua corpulência, cabeça com penas, bico alto, direito na base e curvo na ponta, faces nuas, asas arredondadas (próprias de aves de vôo lento - ver esquema de uma asa de ave abaixo - nota do webmaster), pés fortes e garras robustas....eu pesco, por isso me chamam a Águia Pesqueira...
   As águias alimentam-se quase exclusivamente de carne fresca, que conseguem atacando animais vivos. Caçam de dia, aguentando sucessivas horas de vôo e atingindo grandes alturas. A fêmea é maior e mais bela que o macho. Um dos seus géneros é aÁguia real, que se encontra nas nossas serras do Marão e da Estrela, vivendo também, entre nós, periodicamente, nas serras junto ao mar, a Águia pesqueira (ou de Rio, com 56 cms de comprimento e 1,64 de envergadura, muito prejudicial para a piscicultura, pelo que é frequentemente perseguida), que nos visita de Abril a Outubro, internando-se durante o Inverno no continente africano.
   A Águia real, preta ou doirada, é a maior espécie conhecida, alcançando 95 centímetros de comprimento e dois metros de envergadura. Vive acasalada e macho e fêmea caçam juntos, fazendo grande devastação nos pequenos mamíferos e aves, chegando muitas vezes a atacar os de maior tamanho, como cabritos, ovelhas, etc.
   Estas aves nunca são abundantes numa região, porque o muito terreno de que necessitam para caçar obriga-as a viverem afastadas e a defenderem o seu necessário isolamento.
   O tempo de vida das águias é de 40 anos, embora haja casos em cativeiro em que atingiram os 95 anos.

ABELHA


   Os indivíduos adultos se alimentam geralmente de néctar e são os mais importantes agentes de polinização. As abelhas polinizam flores de cores monótonas, escuras e pardacentas (todos os tipos de flores).
   Uma abelha visita dez flores por minuto em busca depólen e do néctar. Ela faz, em média, quarenta voos diários, tocando em 40 mil flores. Com a língua, as abelhas recolhem o néctar do fundo de cada flor e guardam-no numa bolsa localizada na garganta. Depois voltam à colmeia e o néctar vai passando de abelha em abelha. Desse modo a água que ele contém se evapora, ele engrossa e se transforma em mel. A maioria das abelhas transporta uma carga eletrostática, que ajuda-as na aderência ao pólen.[1][2]
   A abelha tem cinco olhos. São três pequenos no topo da cabeça e dois olhos compostos, maiores, na frente.
   Uma abelha produz cinco gramas de mel por ano, para produzir um quilo de mel, as abelhas precisam visitar 5 milhões de flores e consomem cerca de 6 a 7 gramas de mel para produzirem 1 grama de cera.
   Uma colmeia abriga de 60 a 80 mil abelhas. Tem uma rainha, cerca de 400 zangões e milhares de operárias. Se nascem duas ou mais rainhas ao mesmo tempo, elas lutam até que uma morra. A abelha-rainha vive até 5 anos, enquanto as operárias vivem de 28 a 48 dias.
   Apenas as abelhas fêmeas trabalham. Os machos podem entrar em qualquer colmeia ao contrário das fêmeas. A única missão dos machos é fecundar a rainha. A rainha voa o mais que pode e é fecundada pelo macho que conseguir ir até ela, esse voo se chama: voo nupcial. Depois de cumprirem essa missão, eles não são mais aceitos na colmeia. No fim do verão, ou quando existe pouco mel na colmeia, as operárias fecham a porta da colmeia e deixam os machos morrerem ao frio e à fome e trituram e expulsam os que ficarem.
   A abelha operária (ou obreira), preocupada com sua própria sobrevivência e encarregada da proteção dacolmeia como um todo, tem um ferrão na parte traseira para ataque em situações de suposto perigo. Esse ferrão tem pequenas farpas, o que impede que seja retirado com facilidade da pele humana.
   Quando uma abelha se sente ameaçada, ela utiliza o ferrão no animal que estiver por perto. Depois de dar a ferroada, ela tenta escapar e, por causa das farpas, a parte posterior do abdômen onde se localiza o ferrão na maioria das vezes fica presa na pele do animal e, em alguns casos, a abelha perde uma parte do intestino, morrendo logo em seguida. Já ao picar insetos, a abelha muitas vezes consegue retirar as farpas da vítima e ainda sobreviver.
   Os orgãos prejudicados das abelhas em caso de o ferrão ficar preso na vitima e levar orgãos juntos variam de intestino até o coração.
   A ferroada da abelha no ser humano é muito dolorosa, e a sensação instantânea é semelhante a de levar um choque de alta voltagem. Seu ferrão é unido a um sistema venenoso que faz com que a pele da vítima inche levemente na região (cerca de 2 cm ao redor), podendo ficar avermelhada, dolorida e coçando por até dois dias.
   Apesar disso, o veneno (baseado em Apitoxina) não causa maiores danos. Esse veneno é produzido por uma glândula de secreção ácida e outra de secreção alcalina embutidas dentro do abdômen da abelha operária. O veneno, em concentração visível, é semi-transparente, de sabor amargo e com um forte odor. Pode ser usado eventualmente com valor terapêutico e tem alguns efeitos positivos na região em que foi injetado. O veneno pode ser também um perigo grave ou mortal em grande quantidade para quem é alérgico à sua composição.
   As abelhas são insectos que vivem em sociedades heterotípicas (com distinção de funções dentro da sociedade). Elas são conhecidas há mais de 40.000 anos e as que mais se prestam para a polinização, ajudando enormemente a agricultura, produção de mel,geleia real, cera e própolis, são as abelhas pertencentes ao gênero Apis.   Inseto laborioso, disciplinado, a abelha convive num sistema de extraordinária organização: em cada colmeia existem cerca de 80.000 abelhas e cada colônia é constituída por uma única rainha, cerca de 400 zangões.
   A rainha é personagem central e mais importante da sociedade. Seu tamanho é quase duas vezes maior do que o das operárias, e sua única função do ponto de vista biológico é a postura de ovos e manter a ordem na colmeia usando feromonios que só ela possui. Única fêmea com capacidade de reprodução, a rainha nasce de um ovo fecundado, e é criada numa célula especial - diferente dos alvéolos hexagonais que formam os favos - uma cápsula denominada realeira, na qual é alimentada pelas operárias com a geleia real, produto riquíssimo em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais. A geleia real é o alimento único e exclusivo da abelha-rainha, durante toda sua vida. A partir do nono dia, ela já está preparada para realizar o seu voo nupcial, quando será fecundada pelos zangões. Caso apareça outra rainha na colmeia, ambas lutarão até que uma delas morra.


AARDVARK


   É um animal de médio porte que pode pesar entre 40 a 100 kg. Tem uma pele espessa e de cor amarelada a acastanhada, revestida por poucos pelos, e orelhas compridas e bicudas. A dentição do oricteropo é única na classe dos mamíferos e o motivo pelo qual são classificados numa ordem à parte. O adulto tem 20 dentes distribuidos segundo a fórmula 0/0 0/0 2/2 3/3, constituidos por dentina e com uma cavidade tubular. Os dentes não são revestidos e desgastam-se; para compensar os dentes crescem continuamente. A língua, vermiforme, tem uma superfície pegajosa e pode chegar a ter 30 centímetros. Os porco-formigueiros consomem ocasionalmente outros insetos, pequenos roedores e frutos mas a sua alimentação base é composta de térmitas e formigas. Para comerem estes insectos e como protecção contra predadores, os orictéropos desenvolveram uma capacidade excelente para escavar buracos e túneis no subsolo e podem enterrar-se completamente no solo em menos de um minuto.
   São animais noturnos e solitários que não mantêm territórios, deslocando-se com frequência dentro do seu habitat em busca de fontes de alimento. Apenas fémeas mantêm morada fixa e mesmo assim só durante a época de reprodução, que varia de acordo com a latitude em que vivem. A gestação dura em média 7 meses e resulta numa única cria, embora tenham sido registados nascimentos de gémeos. As crias nascem dentro de tocas e mantêm-se escondidas por várias semanas. Aos seis meses, o oricterope começa a alimentar-se sozinho e a maturidade sexual é atingida aos dois anos.
   Os porco-formigueiros não têm importância económica para o homem mas foram ocasionalmente caçados como fonte de alimento. Graças à sua preferência alimentar por cupins, estabelecem um equilíbrio importante nas populações destes insetos sendo os buracos que cavam em busca de alimento utilizados por diversas espécies como refúgio.